domingo, 6 de maio de 2012

Essa incrível fantasia

Hoje o mundo brilha! As cores vibram, os amores são recíprocos. Chega de tristeza, menina, levanta a cebça e vai viver a vida! Pra que tanto pesar, tanto penar, tanto pensar? Aproveita! Vês aquela criança que sempre sorri? Aquela é a verdadeira sábia, sempre procurando ver o mundo com novos olhos. Sei que ela às vezes cai, chora, reclama, mas no instante seguinte ela vê beleza, transborda alegria. Sê ela, menina! Quando houver nuvens no céu, não desanima, pinta um Sol que ilumine teu dia! E te peço ainda que não sejas mesquinha. Se tens harmonia, transmite-a. Não entres em inércia,minha menina. Luta, busca, melhora, brinca, sente, ama, vive! Vive essa incrível fantasia chamada vida!

Transformo-me em poesia

No espelho que são seus olhos
Me vejo
Sem cores, amores, desejos
Sem medos

Me vejo nua, me sinto pura
Na calma, ruptura
Na alma, sutura
A mais virgem da sala da loucura

Coração em fogo, queima a ilusão,
Ardem as sensações, como vulcões
Em simultâneas erupções;
Da caneta ao papel, torno-me sua

Ao surgir frente a minha visão
Feita de ideias e emoções
Uma personagem de minha própria criação
Transbordo-me em alegria, faço-me imprecisa

Transformo-me em poesia.

Gabrielle Loyola

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Conversas de uma tarde de calor


Amor, vamos sair
Sei lá, cansei disso aqui
A mesmice dessa rotina normal
Estou querendo algo sobrenatural

Tristeza, vamos conversar
Acho que precisamos terminar
Cansei dessa nossa relação
Sei lá, durou mais do que devia durar

Saudade, venha cá
Acho que você vai ter que se mudar
A  Alegria fugiu de casa
Sei lá, estou querendo abrigá-la

Medo, espere um pouco
A coragem mandou te avisar
Que ela cansou de hesitar
Sei lá, acho que é hora de nela se espelhar

Vergonha, você também
Está na hora de se transformar
Como podes tu ter vergonha de ser feliz?
Sei lá, pode até ser estranho mas é bom assim

Preguiça, me pediram pra te cobrar
Parece que você tem que se exercitar
Sabe, faz bem pro coração caminhar
Sei lá, só acho que é uma boa se cuidar

Ciúmes, é hora de partir
Desculpe, mas cansei de te aguentar
Agora é tempo de sorrir
Sei lá, não dá mais pra brigar

Alegria, pode se instalar
Eu sei que você tem outras opções,
Outros lugares pra morar
Sei lá, só acho que nossa hamornia resolveu sintonizar

Ah, e a senhorita, Solidão
Não está cansada dessa carência, não?
Acho que você devia procurar a Amizade
Sei lá, só não quero mais te ver nessa situação

Amizade, só pra te avisar
Mandei a Solidão ir te visitar
Se prepare, é hora de reencarná-la
Sei lá, ela está meio sem vida, devíamos animá-la

E ninguém conte ao Egoísmo
Que ele até que é bem vindo
Só que está a me sufocar
Sei lá, acho que ele podia me aliviar

A Ira, acho que ela morreu
Tenho que avisar a todos o que ocorreu
Só não sei se irão se importar
Sei lá, ela não era assim tão popular

Vaidade, faça uma supresa à Insegurança
Ela está tão reclusa em si mesma
Vai  acabar a se afogar
Sei lá, você podia repaginá-la

Confiança, colabore com a Vaidade
Ela foi ajudar a Insegurança
Que está muito incrédula em sua própria Beleza
Sei lá, você é boa com isso por natureza

Beleza, quero te dar um conselho
É hora de se revelar
Tem gente que não tá te vendo
Sei lá, acho que devia parar de se refugiar

Desejo, chega aí, quero papear
Tem como você se fazer presente?
Não só aqui, mas reciprocamente
Sei lá, sinto falta daquela sensação que eu tinha da gente

E você, Tempo
Ah, eu quero te fazer um pedido
Fique bem onde você está
Sei lá, não estou pronta para (não) te ver passar
Gabrielle Loyola

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Então, escrevi um poema novo hoje! Tô cansada e não tô conseguindo pensar em nenhum tópico para falar aqui, então...


A cada dia encontra-se mais anomalias
Tornando-se cotidianas
Sob uma visão extremamente desumana

Vê-se guerras
Físicas, psicológicas, sociais
No nosso mundo de mentes irracionais

Vê-se crueldade
Vê-se maldade
Vê-se perversidade

Vê-se ladrões de terno
E santos egoístas idolatrados
Por um povo completamente alienado

Vê-se filhos sem pais
Pais sem filhos
País sem patriotismo

Mas há aquela fresta de luz
Aquele raio de Sol
Aquela estrela brilhando solitária na escuridão

Então, há esperança
Ainda resta um pouco de fé
Na humanidade, na bondade, na realidade

Há esperança para viver

Gabrielle Loyola

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Post diário

Que ridícula essa parada dos policiais. Em época de Carnaval. Tá, óbvio que fizeram isso pra botar pressão, mas cara, sacanagem. Já os vi repreendendo muita gente por reivindicar seus direitos e agora eles vem fazer greve? Acho hipocrisia, mesmo que eu concorde com o aumento.
De qualquer forma, não estou a fim de discutir isso. Vamos ao poema(que é feito no estilo infantil, muito fofinho)!


"Um dia já fui Quadrado,
Mas tudo o que fazia era ficar parado.
Um dia também, fui Círculo,
Mas fiquei tonto e cansado.
Tentei ser Pirâmide,
Mas passei um calor danado!
Também já fui Dinossauro,
Mas fui extinguido, injustiçado.
Já fui Nuvem,
Mas fui "descondensado".
Fui também Riacho,
Mas escorri de mim, no ato.
Fui Soldado,
Mas fui derrotado.
Fui Deus Grego,
Mas fui superado.
Fui Inseto,
Mas acabei esmagado.
Fui Ser Humano,
E fui muito maltratado.

E agora, sou Abstrato.
Sou sentimentos,
Sou ideias,
Crenças,
Só não sou fatos.
Fatos são tão definidos,
Que são chatos.

Eu gosto de mudar,
De errar,
De não saber.
Eu gosto de me decepcionar
E me surpreender.
Eu gosto de viver."

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Short-fic

Bom, hoje eu não tenho nenhuma novidade pra contar, só que estou morta de cansada, passei o dia na piscina do clube de onde sou sócia, estou vermelha feito um camarão e sentindo um calor absurdo. Fora isso, tá tudo ótimo! Então hoje decidi postar algo para quem gosta de Harry Potter, como eu. Eu escrevi essa fic há um tempo, é bem curtinha. É uma carta, fictícia, obviamente, de Severus Snape para... ninguém, é mais como um desabafo mesmo. Espero que gostem!

"Após a morte de Severo, foram à sua casa, para a retirada de suas coisas e a limpeza do ambiente. Vasculharam por horas, até que encontraram um papel dobrado. Estava muito bem escondido e protegido por feitiços que logo foram quebrados. Não sabendo o que poderiam encontrar ali, deram-no a Potter, para que ele o abrisse e o lesse. E ele o fez.
"Não sei como começar. Não sei como terminar. Sei que lhe amo, apenas. E essa é a única coisa que realmente importa. O amor. Ultrapassou barreiras e limites, venceu a morte, sobreviveu, mesmo com todas as dificuldades e diferenças. Tomamos caminhos diferentes em vida, tomamos caminhos diferentes em direção à morte. Depois que você se foi, meu mundo desabou. Mesmo casada e com um filho, família que não me incluía, eu nunca deixei de lhe amar. Seria possível suportar a dor, sabendo que você estava bem, que estava feliz. A sua felicidade era o que eu queria, e eu faria qualquer coisa para vê-la assim. Até vê-la com um homem que não merecia seu amor, sua confiança. Que não merecia você. Mas, pelo seu sorriso, eu poderia conviver com isso. O seu sorriso é o mais lindo. Ou foi. Também não sei. Estou engasgado com esse sentimento que me persegue, que insiste em existir. Que me coloca em confronto com meus instintos e meus outros sentimentos todos os dias. Você morreu por amor, ao proteger seu filho. Eu não poderia deixar que esse motivo fosse em vão, que seu sacrifício fosse em vão, então me prometi que continuaria sua tarefa, que o manteria são e salvo, o máximo que pudesse. Mas é muito difícil, você nem imagina o quão é difícil dedicar meu tempo, meu esforço, minha vida à proteção do sucessor do homem a quem eu impunha meu ódio. Que o fizera por merecer. Só de olhar para seu filho me vêm a memória lembranças que eu esperava conseguir bloquear. Tais que me fizeram quem eu sou, me moldaram, modificaram meu modo de pensar, de agir e de sentir. Tais que foram importantes na minha vida, mas que, mesmo trazendo seus benefícios, vinham acompanhados de uma excruciante dor. Dor que, com o tempo, eu aprendi a suportar. Dor que se torna ainda mais profunda ao ver o olhos do menino, tão parecidos com os seus. Eu nunca imaginei que uma só pessoa fosse capaz de se contradizer de forma tão intensa. Nostalgia, raiva, rancor. Nada, por mais que eu tentasse, poderia me fazer sentir algum sentimento bom ao olhar para aquele garoto. Mas então, subconscientemente, surgia aquele amor. Amor que me fazia aguentar todo o sofrimento e cumprir minha promessa de fazer valer o seu esforço. Que me deixava à mercê de tudo que era ruim, para que minha mente brincasse comigo, me voltando contra mim. Como um único sentimento é capaz de vencer todos os meus outros, que me partem a alma, eu não sei. Sentimentos que me dividem em dois, um a se rebelar contra o próprio instinto faternal, que eu mantenho afetuosamente por um filho que não é meu, e o outro, que me faz ter tal afeto, que me deixa submisso à ele. É incrível como você exerce poder sobre mim, mesmo estando assim, tão longe, ainda consegue me controlar, me manter sob seu comando. Me manter lutando por um sorriso que eu nunca mais verei, uma felicidade que nunca mais será demonstrada na minha frente. Talvez minha morte, quando chegar, seja recebida com alívio. Mas, de qualquer forma, eu não posso me deixar ir, enquanto minha missão não estiver cumprida, enquanto ele, e, provavelmente, o resto da humanidade também, estiverem salvos. Mas eu não sei. Não sei o que o destino reservou para mim. Não sei o que o destino reservou para qualquer pessoa. Eu nem sabia que teria que passar por toda essa angústia pela morte de uma única pessoa. Nem nunca havia cogitado a possibilidade de me apaixonar por alguma bruxa filha de trouxas. Você conseguiu driblar até a minha natureza, da qual eu não me orgulho, para falar a verdade. Costumava me orgulhar, até te conhecer. A partir daquele momento, tudo mudou. E então, você se foi. E doeu. Uma dor que eu nunca havia imaginado ser capaz de suportar. Uma dor dilacerante, aqui no peito. Uma dor que nunca se vai, que não dá tréguas. Uma dor eterna. Se for de alguma importância, saiba que eu não sei por que lhe escrevo isso. Não sei por que tenho essa necessidade de passar tudo o que vem me destruindo para o papel. Não sei nem o que escrevo aqui, não estou pensando muito bem. Esse é um dos poderes que você tem sobre mim, me impede de raciocinar com total ciência e clareza. Como eu disse antes, só o que sei é que lhe amei. E ainda amo, como nunca fui ou serei capaz de amar outro alguém. E continuarei a amar, sempre. Além disso, nada sei, nada sou. Não sou mais homem, sou apenas amor."
Uma lágrima escapou dos olhos de Harry ao terminar de ler a carta. Ele sempre conheceu o lado que Snape escolhia mostrar a ele e aos outros, nunca conseguiu chegar tão fundo em seus pensamentos até atingir seu lado humano. Ver o quanto ele amou sua mãe foi como desvendar o segredo mais profundo de alguém. Foi como finalmente decobrir quem era Severo Snape. Sua admiração por ele não poderia ir além do que já havia alcançado. Harry não poderia ter esperado que alguém melhor amasse Lilian. Dobrou a carta, colocou-a no bolso e levou-a para sua própria casa, onde guardou-a cuidadosamente em uma gaveta vazia. E então, nos aniversários de sua mãe e de Severo, tanto de nascimento quanto de morte, ele lia a carta em voz alta, e deixava que o vento levasse as palavras a quem precisasse e merecesse ouví-las."

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Tudo que vai...

Vez ou outra volta. Então, estou aqui novamente escrevendo para os meus leitores fantasmas. Passei um mega tempo longe, sei disso, mas talvez agora eu tome jeito e poste algo nem que seja semanalmente. Não sei se terei tempo para ser muito presente, portanto não o prometerei. Tenho academia, curso, logo mais voltam as aulas, tenho que estudar, tenho meus outros 28794983674398 hobbys e vida social. E ainda durmo. Nem me perguntem como. Colocarei, como de costume, um poema no post, só que lá no final só. Antes vou falar de coisas inúteis (:
Então, eu voltei a assistir Naruto. E gastar meu dinheirinho limitado comprando já que a minha internet não me deixa ver pela internet ): De qualquer forma, eu tô absurdamente atrasada, o que não é legal.
Além disso, eu entrei pra academia agora. E tipo, é muito maneiro! Nunca achei que academia pudesse ser tão bom... Tô fazendo localizada, jump, musculação e dança do ventre. Sentir o músculo queimar é, por incrível que pareça, deliciosamente doloroso. No pain, no gain.
Ah, o curso é o curso, nada demais.
Tenho jogado muito videogame também, agora que eu subi com meu Play2 pro meu quarto novo no segundo andar onde eu tenho total privacidade e me isolo do mundo frequentemente. Aquele quarto é tipo a perfeição. Pena que é super quente e abafado ):
Ah, e estou lendo o Morro dos Ventos Uivantes, qualquer hora farei um post sobre ele, é maravilhoso.
Enfim, o poema para finalizar(escrito sob codinome Rosalinda, que não é nenhum heterônimo, só pra constar):


Não sou prosa, sou poesia
Nunca me interessei pela anomalia
Mas, mesmo assim, quem diria
Logo eu gostar de poesia...

Dizem que me falta coração
Pois nunca me apaixono
Mas foi numa vez que eu o fiz
Que este me foi roubado

Mas eu confesso que eu amo
Amo a vida, as cores,
As nuvens, os brilhos,
As lutas e louvores

Amo os sonhos, amo os sentidos
Amo os sentimentos,
E as emoções
Contanto que não sejam paixões

Amo viver, sabe?
Mas não sou daquelas que vive com medo da morte
O dia que for para ir, eu irei
Enquanto isso, (sobre)viverei

Rosalinda