domingo, 6 de maio de 2012

Transformo-me em poesia

No espelho que são seus olhos
Me vejo
Sem cores, amores, desejos
Sem medos

Me vejo nua, me sinto pura
Na calma, ruptura
Na alma, sutura
A mais virgem da sala da loucura

Coração em fogo, queima a ilusão,
Ardem as sensações, como vulcões
Em simultâneas erupções;
Da caneta ao papel, torno-me sua

Ao surgir frente a minha visão
Feita de ideias e emoções
Uma personagem de minha própria criação
Transbordo-me em alegria, faço-me imprecisa

Transformo-me em poesia.

Gabrielle Loyola

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