No espelho que são seus olhos
Me vejoSem cores, amores, desejos
Sem medos
Me vejo nua, me sinto pura
Na calma, ruptura
Na alma, sutura
A mais virgem da sala da loucura
Coração em fogo, queima a ilusão,
Ardem as sensações, como vulcões
Em simultâneas erupções;
Da caneta ao papel, torno-me sua
Ao surgir frente a minha visão
Feita de ideias e emoções
Uma personagem de minha própria criação
Transbordo-me em alegria, faço-me imprecisa
Transformo-me em poesia.
Gabrielle Loyola
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